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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
ATIVIDADES FARMACÊUTICAS
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Ponto de Equilíbrio
Veja as alternativas para evitar que o endividamento comprometa a saúde da empresa
POR MARCELO DE VALÉCIO
Controle financeiro é um dos pilares da boa administração. conciliar entradas e saídas de recursos de uma forma coerente e geradora de lucros e, portanto, de crescimento é um dos maiores desafios das empresas. ter consciência da importância de um caixa bem administrado é fundamental, sobretudo em tempos de crise de crédito, quando os recursos são escassos e caros. É questão de sobrevivência empresarial, vão mais longe os especialistas. "Muitas empresas não conseguem ter boa gestão empresarial porque não realizam controles financeiros adequadamente", afirma ricardo curado, consultor financeiro do sebrae-sP. "É preciso atenção ao fluxo de caixa, ao demonstrativo de resultados e ao balanço patrimonial, que registra o valor dos ativos e dos passivos e deve ser feito, no mínimo, mensalmente."
Com uma análise detalhada da situação do caixa, é possível planejar estratégias de acordo com a realidade do momento, evitando endividamento que possa afetar a saúde financeira da empresa. "Para a companhia gerar caixa, deve fazer duas coisas: realizar lucro e ter controle do capital de giro", assevera hong Yuh ching, professor das universidades Mackenzie e fei, proprietário da consultoria Business transformation e autor do livro Contabilidade e Finanças para Não Especialistas. "os gestores devem ter relatórios gerenciais que lhes retratem o que está ocorrendo na empresa o tempo todo." o professor cita algumas ferramentas para esse controle, como demonstração de resultados mensal feita pelo contador ou sistema informatizado que informe o estoque em unidades e o valor de cada item que consta na empresa, bem como a posição dos pagamentos realizados e a vencer por data e fornecedor. outro relatório importante é o da posição dos recebimentos ocorridos e a vencer via cartão de débito, crédito e cheque pré-datado, além de um fechamento de caixa diário e acumulado no mês, com a posição de todas as entradas e saídas. "se o sistema tiver uma função para preparar o orçamento do caixa, melhor ainda. caso contrário, uma planilha de excel dará conta do recado", avalia ching, lembrando da importância da competência da gestão no processo. "se o gestor não souber se a empresa dá lucro ou prejuízo, deixa-a voando no escuro. em uma farmácia, se o administrador não souber a margem (preço de venda deduzido dos impostos e do custo do item) em cada venda de medicamento, desconhecer quais são os custos variáveis e fixos, poderá ter surpresas desagradáveis", diz ching.
Lucro é a fonte primária de geração de caixa de qualquer empresa, independentemente do tamanho. ricardo curado sugere maximizar o lucro líquido por meio de atitudes como aumentar as vendas para reduzir a participação das despesas fixas, comprar melhor e mais barato ou optar por produtos que vendam mais. "são ações proativas que podem evitar ou minimizar futuros problemas de caixa", destaca o consultor do sebrae-sP. Mas dívida em si não pode ser encarada como sinônimo de problema. "É evidente que não se toma empréstimo quando a empresa gera caixa suficiente para pagar suas obrigações e realizar investimentos. Porém, nem todas as firmas têm essa felicidade", afirma ching. "empresas se endividam para promover investimentos além da capacidade de gerar caixa por meios próprios ou para cobrir uma temporária falta de recursos a fim de, por exemplo, pagar a folha de pagamento, o décimo terceiro salário ou uma fatura que esteja para vencer. essa não é uma dívida ruim. assim como ocorre com as pessoas, as empresas devem evitar se endividar além da capacidade de pagamento." Por isso, a decisão de pedir emprestado para pagar a dívida a longo ou a curto prazo tem como pressuposto o fato de que irão ocorrer entradas de caixa suficientes para arcar com o valor do empréstimo no tempo correspondente. "o endividamento se torna nocivo quando não há essa perspectiva", enfatiza o professor, lembrando que esse tipo de dívida ocorre quando a empresa tem um custo fixo alto (aluguel, manutenção, folha de pagamento) e há uma retração da demanda. "isso leva a uma redução da margem absoluta da empresa, que passa a não ser suficiente para pagar os custos fixos. Nesse momento, a firma toma empréstimo sem a perspectiva de entradas de caixa suficientes para pagá-lo e o problema se torna uma bola de neve."
A diferença no balcão
Sem muitos recursos no início, a Nissei investiu em um atendimento de qualidade. A decisão foi a base do crescimento da empresa
POR CLAUDIA MANZZANO
Hoje, quem observa a amplitude da Nissei - que tem 135 lojas espalhadas pela região metropolitana de Curitiba, pelo litoral do Paraná e por cidades como Ponta Grossa, União da Vitória, Londrina, Maringá, Campo Mourão, Sarandi e Castro, e que conta com 3 mil colaboradores, atendendo a uma média de 2,5 milhões de clientes por mês - pensa que foi construída com a ajuda de grandes investidores. Mas essa rede, que ocupa a primeira posição no ranking estadual como a marca de farmácias mais lembrada pelos consumidores do Paraná e a sexta posição no ranking nacional, é fruto do suor de Sérgio Maeoka, que chegou a trabalhar mais de 14 horas diárias percorrendo as lojas de uma então pequena rede de farmácias, nos anos 90. A persistência dele se transformou na Nissei.
Há 22 anos, Sérgio realizava um sonho ao abrir, no bairro das Mercês, região central de Curitiba, a primeira drogaria Nissei. A loja tinha apenas 40 m² e foi constituída com 10 mil dólares. Ali trabalhavam Sérgio, uma farmacêutica e um atendente. Com pouco capital, a drogaria não conseguia atender a necessidade de todos os clientes, já que faltavam muitos medicamentos nas prateleiras. Sérgio lembra que era preciso reforçar o bom atendimento para compensar a falta de produtos e "correr atrás" para levar o medicamento ao cliente no dia seguinte.
E dessa forma ele passou cinco anos economizando dinheiro para abrir a primeira filial da empresa. "Com pouca quantidade de estoque, deixar a loja adequada para atender as necessidades dos clientes demora muito. A dificuldade é conseguir formar clientela. Eu participava do balcão e tentava conquistar cada cliente. Tentava compensar a falta de mercadoria com o melhor atendimento possível", lembra. Da primeira para as outras filiais não demorou tanto e, com dez anos de história, a Nissei já tinha quatro lojas. E foi justamente a quarta loja que teve maior impacto no faturamento da empresa. Até então, as lojas tinham no máximo 60 m², mas a quarta unidade tinha 240 m² e estava localizada em um lugar de grande movimentação. Com isso, Sérgio conseguiu alcançar o faturamento das outras três lojas juntas apenas nessa unidade. Esse aumento de capital trouxe alguns benefícios, como o aparecimento da marca na mídia local.
No entanto, a Nissei ainda não tinha estrutura profissionalizada. Sérgio conta que todas as unidades estavam localizadas no centro e, mesmo quando tinha dez lojas, ele fazia o monitoramento em cada uma. "Eu rodava loja por loja, era comprador, recursos humanos, fazia parte da contabilidade, todos os processos da empresa", lembra. A partir de então, com o crescimento de 50% ao ano, a proliferação de lojas foi grande; em 1999 a rede já contava com 30 unidades. E foi com esse crescimento que Sérgio conseguiu profissionalizar a empresa, erguendo uma estrutura independente dele. "Com mais de dez anos de mercado, a gente começa a formar uma equipe de funcionários mais familiar, com bastante tempo de casa e que trabalha com confiança", revela Sérgio. Com esses colaboradores, ele conseguiu montar a parte administrativa da empresa e equipes de gerentes e supervisores. "Transformar a empresa em uma coisa mais profissional", diz.
No ano 2000, uma nova regulamentação trouxe uma outra oportunidade para ser explorada por Sérgio: a permissão da venda de artigos de conveniência em farmácias. Esta nova etapa do mercado demandou algumas exigências, como expansão física para separar a área de venda de medicamentos da área de venda de produtos de conveniência e, consequentemente, investimento para que as lojas suportassem essa novidade. Desde então, as pequenas lojas não existem mais. As unidades de menor porte têm no mínimo 200 m².
Os estoques, agora, atendem perfeitamente a demanda. Sérgio revela que a Nissei tem 25 mil produtos cadastrados, entre medicamentos, artigos de perfumaria e conveniência, brinquedos e acessórios. A categoria de medicamentos corresponde a 60% do faturamento total da rede. Com 20 unidades no formato drugstore, a Nissei é líder em vendas de perfumaria na cidade de Curitiba.
A inspiração para esse modelo de loja foram as drugstores norte-americanas, que, como explica Sérgio, têm o conceito de atender a qualquer necessidade diária do cliente. Mesmo que ele não vá comprar um remédio, a praticidade oferecida pela Nissei tende a ser mais confortável para as compras.
Doutrina
Desde o primeiro dia de portas abertas, as farmácias e drogarias Nissei têm uma doutrina a ser seguida: fazer o melhor atendimento. Para Sérgio, focar a qualificação do atendimento do cliente foi uma questão de sobrevivência, e isso persiste até hoje. Ele enfatiza que cada cliente é um patrimônio que a empresa conquista, por isso é tão importante encantar o cliente e fazer de tudo para atender a necessidade dele e ter o produto que ele procura.
Para Sérgio, a parte mais difícil em todo o processo de crescimento da empresa foi conseguir colaboradores com qualificação. Por isso, desde 2004 existe a Farmácia-Escola Nissei, um centro de treinamento e capacitação que oferece cursos, palestras e outros procedimentos aos funcionários da empresa. Com a inauguração da nova sede, no ano passado, a escola passou a se chamar Centro de Treinamento e Capacitação Nissei (CTC). Sérgio explica que no local são passadas atualizações de técnicas de venda, motivação, postura perante cliente e outros enfoques, por meio de seis psicólogos. Os treinamentos acontecem em três períodos e quase que diariamente. Os custos são cobertos tanto pela Nissei como por parcerias com laboratórios.
Para compensar o afastamento de Sérgio em relação aos clientes, ele propôs a formação de um clube de relacionamento. E foi assim que surgiu, há cinco anos, o Clube Nissei da Melhor Idade. "Eu gostava de fazer atendimento. Com crescimento você não tem mais contato com cliente. Essa foi uma maneira de usar a empresa para retribuir o carinho deles", explica. O programa de relacionamento é voltado para pessoas com mais de 55 anos, aposentados ou pensionistas de qualquer idade. Entre os benefícios, Para Sérgio Maeoka, proprietário da Nissei, foco na qualidade do atendimento ao cliente é uma questão de sobrevivência estão descontos em medicamentos, cursos exclusivos, feitos em parceria com o Sesc de Curitiba, atividades como passeios, bailes, viagens e coral. Além disso, o Clube Nissei da Melhor Idade também incentiva o voluntariado, para que essas pessoas possam ampliar ainda mais a rede das pessoas ajudadas pelo programa, que tem atualmente 200 mil associados.
Outro programa desenvolvido pela rede é o Clube da Mulher, que já soma mais de 100 mil associadas. É um clube de relacionamento em que a associada acumula pontos nas compras de produtos de conveniência, higiene pessoal, perfumaria e eletroportáteis. Podem aderir ao programa mulheres acima dos 16 anos, desde que tenham CPF próprio. Os pontos acumulados podem ser trocados por produtos da loja ou por outros benefícios, como chá de bebê e Dia da Beleza, no qual se oferecem massagem, banho de ofurô, maquiagem e outros serviços. Além dos pontos acumulados, as participantes podem dobrar a pontuação em datas especiais como formatura, casamento ou nascimento de um filho. "Esta é uma porção bastante importante dos nossos clientes. Queremos estar presentes nas datas mais importantes para eles", conclui Sérgio
TESTE SEUS CONHECIMENTOS
Você está apto em administrar corretamente a área financeira de sua farmácia?
Seja diferente
Para ter sucesso, é preciso se destacar da multidão. Quem ainda não posicionou o seu diferencial estratégico está perdendo tempo e dinheiro
Por Adriana Bruno
Preço deixou de ser referencial no canal farma há algum tempo. As margens de descontos estão no limite, o produto (medicamento) é igual em qualquer estabelecimento e o layout das lojas é muito parecido. Então como se destacar? Como ser diferente do concorrente, aumentar o volume de negócios, conquistar e fidelizar clientes? A resposta está na diferenciação estratégica identificada e definida por cada empresa. Michael Porter, uma das maiores autoridades mundiais em estratégia competitiva, diz que diferenciação estratégica é a maneira como uma empresa busca atingir seu objetivo planejado. Significa escolher um diferente arranjo de atividades para entregar aos consumidores um composto de valor único, marcando uma posição estratégica no mercado.
Definir claramente qual será o posicionamento da farmácia, mesmo que para isso seja necessário abrir mão de determinados perfis de público, é algo que deve ser encarado pelo farmacista que busca se destacar da concorrência, segundo o professor do Centro de Excelência em Varejo (GVcev), da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV-EAESP), Maurício Morgado. "Aloja precisa ter um posicionamento claro sobre a proposta que vai oferecer, se será uma farmácia à moda antiga ou mais moderna, investindo em um conceito que caminha para a saúde. Mas não basta definir somente quem atender, mas de quem abrir mão. Ovarejista que quer ser tudo para todos não é nada para ninguém", diz.
"Antigamente o diferencial dafarmáciaerao farmacêutico. Hoje isso mudou, com aevolução do canal se perdeu afigurado farmacêutico" Ana Vecchi, consultora e diretora da Vecchi Ancona, Estratégia e Gestão
De acordo com o coordenador do Núcleo de Varejo da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Ricardo Pastore, existem metodologias que ajudam a chegar à definição do diferencial estratégico, mas cabe ao varejista conhecer suas virtudes. "Além da percepção de mercado, o varejista precisa encontrar uma forma de observar a concorrência, registrar os pontos principais e fazer um trabalho de diagnóstico próprio", afirma.
"Além dapercepção de mercado, o varejistaprecisaencontrar umaformade observar aconcorrência, registrar os pontos principais e fazer um trabalho de diagnóstico próprio"
Ricardo Pastore, coordenador do Núcleo de Varejo da ESPM
Ricardo Pastore, coordenador do Núcleo de Varejo da ESPM
Para os especialistas não existe caminho certo ou uma fórmula pronta para chegar ao diferencial. Do que se tem certeza é que boa parte do trabalho é de observação, não somente do que a concorrência está fazendo, mas também das necessidades dos clientes habituais de cada ponto de venda. "Aprimeira coisa é ouvir o que os clientes esperam daquele estabelecimento. É muito comum o gerente, ou dono, dizer 'eu acho que devemos fazer isso'. A verdade é que ninguém acha nada.
É preciso fazer uma análise da concorrência e do seu público. Antigamente o diferencial da farmácia era o farmacêutico. Hoje isso mudou, com a evolução do canal se perdeu a figura do farmacêutico e as empresas estão inventando mecanismos de relacionamento. Ocliente tem a percepção do que é diferencial e essa informação é importante", orienta a consultora e diretora da Vecchi Ancona, Estratégia e Gestão, Ana Vecchi.
Na opinião da diretora de marketing e compras da Pague Menos, Patriciana Rodrigues, o varejo, de forma geral, precisa encontrar diferenciais competitivos. "Aprimeira coisa, em qualquer segmento do varejo, é estar atento às necessidades do cliente. Aprestação de serviços e a composição da cesta de produtos, por exemplo, são diferenciais. Averdade é que tanto o canal farma quanto todos os segmentos varejistas têm que entregar algo para o cliente, têm que ter um diferencial", comenta a executiva.
"Na verdade, a essência da estratégia é saber escolher o que fazer e o que não fazer. Ao assumir algumas opções, a empresa abre mão de outras, sob o risco de não ser bem-sucedida em nenhuma delas, ou seja, para atingir o desempenho adequado, é necessário estabelecer prioridades, e não dividir esforços entre muitas alternativas", explica a consultora Silvia Osso, especializada em treinamento e desenvolvimento de marketing de varejo.
Para o presidente da rede Farma 100, Francisco de Assis de Aquino, quem negligenciar a atenção ao diferencial estratégico não terá lugar no mercado. "Eu acredito firmemente que se o segmento farmacêutico, ou qualquer outro setor do comércio e da indústria, negligenciar a atenção ao cuidado particular nos diferenciais, não terá vida longa no seu segmento. Acabou a era só da qualidade, só do preço baixo. Estamos vivendo a era do valor agregado e da satisfação básica da necessidade no momento", afirma Aquino.
10 dicas para alcançar a diferenciação estratégica 1. Fazer um diagnóstico bastante detalhado dos seguintes pontos: perfil do público da loja e daquele a ser atingido; localização e espaço disponível na loja; e aonde a loja quer chegar. 2. Ouvir as necessidades do cliente, identificando os pontos positivos e os negativos da loja. 3. Ao analisar a concorrência, o lojista deve se posicionar como consumidor, abandonando o olhar crítico do empresário e testando os serviços sob a ótica do cliente. 4. Criar serviços que facilitem a vida do consumidor, como recarga de celular, recebimento de contas, entre outros. 5. Investir no visual da loja, deixando o branco de lado e criando espaços com decoração e cores diferenciadas. 6. Abrir espaço para HPC, trabalhando a exposição dos produtos e o conceito de uma loja de saúde que também vende bem-estar. 7. Incluir fatores de diversificação em setores como o cantinho do bebê; por exemplo, a presença de monitores para divertirem as crianças enquanto as mães estiverem fazendo compras. 8. Treinar os atendentes para que possam esclarecer dúvidas e entender as necessidades dos clientes 9. Investir em serviços de entrega e programas de relacionamento com campanhas e eventos de prevenção a doenças e calendários promocionais. 10. Cadastrar o cliente no momento da compra e usar o cadastro para se comunicar com ele, fazendo pesquisas de satisfação e informando-lhe novidades e promoções. |
Tecnologia aliada à gestão
Empresas que investem continuamente em automação estão mais preparadas para enfrentar os desafios do mercado
Para ampliar suas chances de sucesso, com certeza as empresas precisam ter alta produtividade, eficiência operacional, custos baixos, gerenciamento preciso de estoques e bom atendimento a clientes, fornecedores e parceiros comerciais. As que investem continuamente na automação e no gerenciamento de sua relação com seus parceiros comerciais e na integração plena na cadeia de suprimentos estão, sem dúvida, mais preparadas para enfrentar com sucesso os desafios conjunturais.
Quais os produtos mais vendidos, em que época do ano, em que dia da semana? há itens faltantes ou excedentes no estoque? A entrega está dentro do prazo acordado? respostas a perguntas como essas são fundamentais para entender o perfil de consumo (demanda), perceber rapidamente suas mudanças, ter sempre o mix mais adequado de mercadorias e, portanto, manter índices positivos de volume de vendas, inclusive em situações de queda do nível de atividade econômica. empresas que investem em sistema de automação comercial têm acesso a essas informações de forma muito mais rápida e, com isso, ganham uma vantagem competitiva perante os estabelecimentos comerciais que dependem de planilhas manuais.
"Um exemplo de como a automação é essencial para a produtividade e maior eficiência se encontra nos estabelecimentos varejistas, nos quais as cadeias de abastecimento se relacionam de modo direto com o consumidor final. A manutenção de operações rentáveis no comércio requer tomada de decisão imediata e frequente, envolvendo grande número de produtos e altas somas. É essencial, portanto, a disponibilidade de informações precisas e instantâneas. sem isso, é quase inviável manter o foco total no negócio e ter o tempo adequado para assuntos estratégicos, como a busca redobrada de clientes e o esforço multiplicado em marketing", explica Sérgio Ribinik, CEO da GS1 Brasil.
Para Ribinik, é justamente em momentos mais sensíveis, como de crise econômica, que as empresas, de todos os setores, têm de saber coletar, analisar e interpretar parâmetros macroeconômicos e traduzi-los como metas internas de produção, produtividade e eficiência. Para isso, são imprescindíveis as ferramentas de automação, capazes de proporcionar segurança e mais precisão nesses processos.
Feito para o setor
Ao escolher um software de gestão, deve-se avaliar se a desenvolvedora (empresa que produz o software) possui sistema customizado para o seu negócio. Além disso, é importante verificar qual o conhecimento da empresa desenvolvedora sobre as particularidades de sua área de atuação - sistemas desenvolvidos por empresas que não possuem analistas de negócios nos mais diversos segmentos costumam ser excessivamente genéricos, dificultando a operação cotidiana das empresas usuárias.
É importante verificar se a empresa fornecedora possui experiência comprovada em seu setor. É importante avaliar aspectos técnicos. O fornecedor deve garantir que é capaz de migrar seus sistemas legados para a nova plataforma ou integrar a nova solução à sua infraestrutura em uso. A estabilidade e a eficiência da solução, bem como o suporte (local e remoto) do fornecedor, devem ser garantidos por termos contratuais.
A Bematech oferece o Pharmacy, produto desenvolvido para farmácias e drogarias. A empresa acaba de lançar a terceira geração do Pharmacy, agora em versão web, que segue a tendência de formação de redes de farmácias e drogarias. A solução gerencia todas as operações de uma farmácia, inclusive compras e estoques, além do financeiro, e contempla todas as etapas de atendimento ao cliente.
Para redes de drogarias, o Pharmacy centraliza as informações para gestão integrada, propiciando maior visibilidade estratégica para seus usuários. Segundo o consultor da Bematech, Acácio Neiva, o Pharmacy é um software atual que permite ligar o varejista à cadeia de abastecimento, como atacadistas e laboratórios. Além disso, possibilita gerenciar políticas comerciais diferenciadas para convênios, facilita a operação de televendas, entre outros benefícios.
Unindo forças
Há mais de um ano, os associados da Federação Brasileira das Redes Associativistas de Farmácias (Febrafar) estão colhendo os frutos dos recursos da automação. A solução, feita sob medida para os associados, foi criada a partir de um conceito acadêmico e adaptada pela Pharma Link, empresa de soluções para o mercado farmacêutico, com o auxílio da Febrafar. Trata-se do Painel Gestão de Varejo (PGV), uma ferramenta para ajudar proprietários, administradores e profissionais financeiros a gerenciarem de maneira mais eficaz a farmácia ou drogaria. O PGV possibilita a todos adquirir conhecimentos, rever conceitos e assumir nova postura gerencial perante os negócios.
Segundo o gerente do produto na Febrafar, André Roberto Oliveira Costa, o PGV fornece informações sobre as vendas e despesas efetuadas mês a mês, aponta indicadores de eficiência do sistema operacional e financeiro da loja e, inclusive, possibilita um controle do estoque da farmácia com um nível de detalhamento que permite ao farmacista ter uma visão mais estratégica do estabelecimento.
Por meio do PGV, os profissionais conseguem 'enxergar' se suas vendas, custos e despesas (lucro líquido) estão fora da média de seu grupo na rede, identificam a curva ABC do estoque financeiro e a relação de produtos que não obtiveram giro no mês, análise esta essencial para que sejam promovidas ações corretivas e para que haja uma correta tomada de decisão. O PGV teve início em agosto do ano passado, em caráter piloto, em algumas lojas da Drogaria Total, associada ribeirão-pretana da Febrafar. Hoje já são mais de 454 lojas investindo no PGV.
TESTE SEUS CONHECIMENTOS EM GESTÃO
Saiba um pouco mais sobre diferenciações estratégicas em sua farmácia
Gestão e mercado!
Nos últimos três anos o varejo farmacêutico vem passando por um alto grau de competitividade e uma vasta organização tributária e fiscal por parte dos órgãos competentes.
Com certeza, são fatores importantes e decisivos para a melhora ou piora de nosso negócio, mas será que são esses os fatores principais que levam uma farmácia a ter resultados negativos a cada mês que se passa? É fato que o varejo farmacêutico está cada dia mais competitivo, porém, ao atentarmos somente para o que acontece no mercado, acabamos por esquecer algumas ações fundamentais dentro da nossa própria farmácia que nos proporcionariam maiores "poderes" para estar cada vez mais fortes e enfrentarmos a concorrência de forma ética e competitiva. É fato que o aumento gradativo e mensal de seu faturamento é o objetivo de todo proprietário de farmácia. Mas será que somente esse seria o fator preponderante para se manter no mercado? Obviamente e, por mais que pareça estranho para alguns, a resposta é não. Infelizmente, a culpa pelos resultados ruins ainda está sendo vinculada somente ao mercado e não à má gestão administrativa e à falta de conhecimento de nossa própria empresa. Percebemos que tem sido muito mais fácil dizer que "a concorrência está desleal", ou "não encontro um parceiro que atenda às minhas necessidades", ou "não tenho poder de negociação", ou ainda "o poder de compra do meu concorrente é melhor que o meu", entre outras desculpas que com certeza todos nós já ouvimos. Se você perguntar para qualquer proprietário de farmácia se seu desconto comercial está adequado às suas necessidades, ele vai dizer que não. Mas se futuramente seu desconto aumentar 10%, 15% ou 20%, ainda assim vamos escutar que o mercado continua desleal. Sabe por quê? É fácil, seu lucro continuará não atendendo as suas reais necessidades. Isso porque não há uma gestão correta, não há um planejamento para saber se pelo menos o que estou vendendo traz um retorno que cubra meus custos e gera uma reserva para investimentos. É preciso urgentemente deixar de lado a vaidade e a cultura antiga de achar que tudo vai melhorar, e se isso não acontecer, a culpa não terá sido minha e sim do mercado. Muitos dos varejistas farmacêuticos acham que a pouca cultura administrativa que se colocava em prática cinco anos atrás (época farta de sonegação) se encaixa nos dias atuais. Estão completamente enganados. Atualmente é fundamental uma gestão de compra correta, um controle efetivo de seus estoques e de seus custos, trabalhar com metas, enfim, planejar e entender melhor o que significa gerenciar uma empresa e liderar melhor as pessoas que nelas estão. Felizmente muitos já atentaram para essa necessidade e estão se reciclando (chamo-os de profissionais atentos), enquanto outros sempre acham que as coisas irão melhorar mais cedo ou mais tarde (acomodados ou otimistas), existindo também aqueles que acham que não tem mais jeito (os pessimistas). Sei também que quando se trata de mudanças, principalmente de cultura, é complicado e muitas das vezes questão imutável. Porém, se atentarmos a algumas ações que possibilitem nosso crescimento profissional e deixarmos de lado a vaidade e a acomodação e formos mais comprometidos em entender nossa própria farmácia, deixaremos de ser proprietários e passaremos a ser empresários, comportamento necessário para nos mantermos no mercado nos dias atuais. Lembre-se: seguir sempre do mesmo jeito acarretará, no máximo, chegarmos ao mesmo resultado, sem mudança alguma. Bons negócios.
De olho no fluxo
A gestão de caixa é uma ferramenta de administração vital para o controle da empresa. Sem o acompanhamento adequado do que entra e sai fica praticamente impossível gerir o negócio.
Sem dúvida um dos gran¬des desafios do varejo é saber administrar e controlar o fluxo de caixa da empresa. O que à primeira vista parece ser algo básico em gestão de negócios pode se tornar um pesadelo para o empresário, caso não receba a devida atenção. Necessário para a tomada de decisões, o fluxo de caixa é uma das principais ferramentas de acompanhamento e controle financeiro do negócio. Seu principal foco está nos saldos diários de todas as operações da empresa, ou seja, a diferença entre as receitas e as despesas diárias, somadas ao saldo inicial. De acordo com a sócia-diretora da Vecchi Ancona Consul¬tants, Ana Vecchi, o objetivo é medir as necessidades futuras de recursos, a capacidade de pagamento pontual dos compromissos assumidos e a disponibilidade para investimentos. "Pelo controle de fluxo de caixa é possível acompanhar como está a conta corrente dia a dia e ainda pro¬jetar lançamentos futuros, ou seja, preparar-se para desembolsos antecipando receitas junto aos bancos (factoring) ou operadoras de cartão de crédito, por exemplo, ou fazendo reservas de capital de giro. Também possibilita perceber a necessidade de negociar prazos com fornecedores ou postergar pagamentos, lembrando que essa deve ser sempre a última opção, devido aos juros e multas e à péssima imagem gerada junto a fornecedores", orienta. Se¬gundo o coordenador do Núcleo de Varejo da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Ricardo Pastore, o fluxo de caixa é o passo seguinte ao Documento de Resultados no Exercício (DRE). "O fluxo de caixa é uma ferramenta necessária para a tomada de decisões na empresa e vem logo em seguida, em importância, ao DRE. Para planejar o dia a dia da empresa é preciso co¬nhecer todas as entradas e saídas. Infelizmente o que vemos na prática é que muitos varejistas passam por dificuldades por não saber administrar o fluxo de caixa e, por isso, aca¬bam gastando na hora errada e de forma errada", avalia Pastore. O consultor acrescenta que no segmento farmacêutico as margens são pequenas e os gastos altos, daí a necessidade de uma atenção redobrada com o controle de planejamento de despesas e investimentos a curto, médio e longo prazos. O fluxo de caixa também é visto como um instrumento de previsão, servindo para antecipar possíveis situações que a empresa possa vir a enfrentar. Para o diretor da Gestão Farma Consultoria, Adriano Schinetz, o uso contínuo dessa ferramenta, baseada em informações corretas, torna a tomada de decisões mais confiável. "Um fluxo de caixa, quando trabalhado corretamente, tem como objetivo prever em que nível ficará o saldo de caixa em um determinado período, além de indicar o fluxo de maior recebimento ou pa¬gamento da farmácia", diz. O ideal, segundo especialistas, é sempre lançar qualquer previsão de receita ou despesa nas datas em que elas possivelmente ocorrerão. Para Ana Vecchi, dessa forma é possível programar provisões para quitar os compromissos ou empreender ações para aumentar as receitas. A consultora ainda afirma que quanto mais à frente se puder enxergar no fluxo de caixa, melhor. "Preferencialmente, o fluxo deve abranger pelo menos 30 dias no futuro. O ideal é sempre lançar qualquer previsão de receita ou despesa nas datas em que possivelmente ocorrerão (regime de caixa). Também é importante que o varejista atente para dar baixa nos recebimentos e pagamentos tão logo eles ocorram", indica. O fluxo de caixa pode ser dividido em quatro blocos distintos: custos fixos (aluguel do ponto comercial, água, luz, telefone, salários, entre outros), for¬necedores (despesas com aquisição de mercadorias ou serviços), entradas ou receitas (tudo o que foi comercializado pela empresa) e impostos). Para o pesquisador e professor do Programa de Administração de Varejo (Provar), da Fundação Instituto de Administração (FIA), Nelson Beltrame, o fluxo de caixa é o casamento diário entre contas a pagar e a receber e deve levar em conta o saldo bancário do negócio antes e depois do fechamento das operações. "O controle do fluxo de caixa é uma consequência de atos realizados no dia. Muitas vezes ele não bate com a apuração do faturamento porque o empresário esquece que compra e vende a prazo. Ou seja, se vendeu com cartão de crédito, o dinheiro vai demorar a entrar na conta da empresa. E esse tipo de informação tem de ser anotado no fluxo de caixa. Com a previsão dos recebimentos para o mês seguinte, por exemplo", comenta. O controle dos parcelamentos, tanto de receitas como de despesas, pode fazer a diferença entre o saldo positivo ou negativo da empresa no banco. Uma vez que todas as operações de entrada e saída de recursos devem ser listadas no fluxo de caixa, as compras e o estoque da loja precisam ser bem administrados. Para Adriano Schinetz, os compradores devem trabalhar com padrões mínimos e máximos de estoque. "O controle efetivo e o procedimento correto das compras farão com que o estoque esteja sempre dentro da realidade da farmácia, minimizando alguns custos como impostos (substituição tributária), possíveis produtos vencidos e principalmente mantendo o fluxo de caixa organizado", orienta. O consultor alerta que um investimento malcalculado pode desalinhar o fluxo de caixa da empresa e levá-la a contrair empréstimos para saldar seus compromissos. Para ter uma visão mais ampla do seu negócio, o varejista pode aliar o controle do fluxo de caixa a indicadores de liquidez, como a análise do valor do estoque e do dinheiro existente no caixa. "Esse tipo de avaliação permite a visão econômica da empresa, ou seja, se ela vai bem ou mal. A verdade é que quando o varejista controla o seu negócio ele ganha segurança. Sabe com o que pode ou não contar. Ele ganha qualidade de planejamento e eficácia e ainda pode planejar promoções e investimentos", finaliza Nelson Beltrame.
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