A reativação da fábrica da Bahiafarma e a abertura de novas unidades da Farmácia Popular do Brasil, em parceria com a Ebal, foram alguns dos assuntos discutidos em uma reunião entre o governador Jaques Wagner, o secretário da Saúde, Jorge Solla, o presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Paulo Buss, e o presidente da empresa suíça Stragen Pharma, François Oneglia. Com a Bahiafarma, o estado quer se tornar um importante pólo da indústria farmacêutica, fornecendo medicamentos para a rede nacional da Farmácia Popular. A previsão é que a Bahia ganhe mais de 200 unidades da rede, sendo que 70 deverão entrar em funcionamento ainda este ano, junto às lojas da Cesta do Povo. Segundo Solla, a parceria que está sendo formada vai tornar a Bahiafarma o primeiro laboratório público brasileiro a produzir medicamentos à base de hormônios, como anticoncepcionais. Isso será possível com a transferência de tecnologia de empresas européias, afirmou. Ele lembrou que há diversos projetos importantes sendo desenvolvidos pela Fiocruz que vão beneficiar a Bahia, como os de educação à distância e permanente para profissionais de saúde. Na reunião, ficou firmado o compromisso da fundação em relação a estes projetos e a confirmação, por parte do governador, da respectiva prioridade para o Governo do Estado, além do desejo da indústria européia de fazer a transferência tecnológica, comentou o secretário. Ele disse que, com poucos meses de trabalho, a Bahiafarma já poderá distribuir, para todo o Brasil, anticonceptivos orais produzidos pela Stragen Pharma que, progressivamente, serão produzidos pela empresa baiana, que com a transferência de tecnologia irá assumindo o seu papel na produção. Buss afirmou que a Fiocruz vai apoiar a decisão de Wagner de expandir a rede da Farmácia Popular para vender remédios a preços acessíveis por meio das lojas da Cesta do Povo. Os preços chegam a ser até oito vezes abaixo dos praticados nas farmácias comerciais, afirmou. No próximo dia 16, será inaugurada mais uma unidade, que oferece cerca de 120 itens. O governador teve coragem de criar uma rede que nós vamos apoiar fornecendo equipamentos, medicamentos e tecnologia de funcionamento, declarou. Para ele, outra iniciativa importante é a Bahiafarma. O estado já tem desenvolvida a indústria petroquímica, uma grande fornecedora de insumos intermediários para que a Bahia se transforme em um importante pólo farmacêutico, disse. Segundo Buss, a Farmanguinhos, indústria farmacêutica da Fiocruz, negociará a transferência de tecnologia e adquirirá os produtos fabricados na Bahia, em especial os contraceptivos. A expectativa é que o estado se torne a principal fornecedora de anticoncepcionais para a rede pública. No Brasil, mais de 15 milhões de mulheres precisam usar esses medicamentos e não conseguem comprar, declarou. Para Buss, a Bahia se especializaria em algumas áreas de alto custo e com isso supriria uma necessidade muito séria do sistema de saúde. Ele declarou que a Fiocruz Bahia já tem uma grande área de diagnóstico e de produção de inovações. Nós vamos fazer serviços, no sistema público de saúde, de diagnósticos para doenças infecciosas e outras. Vamos trabalhar junto com o Governo da Bahia na reconstituição do Hospital Couto Maia, falou.
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