quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

UM BOM PROGNÓSTICO

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Otimista, indústria farmacêutica deve registrar um crescimento de 12% a 13% neste ano e espera repetir o resultado em 2011

Para a indústria, 2010 foi um ano bom. Segundo dados do Sindicato das Indústrias Farmacêuticas do Estado de São Paulo (Sindusfarma), o setor teve um crescimento de 12% a 13%, ante 10% de 2009. Para o vice-presidente-executivo da entidade, Nelson Mussolini, esse crescimento deve-se à expansão da classe consumidora e ao bom momento da economia. "Em unidade, conseguimos alcançar o mesmo patamar de unidades registrado em 1997. Após esse período, o número de unidades vendidas caiu até 2003, quando começou um processo de recuperação. Esse resultado deve-se também aos lançamentos de produtos de maior valor agregado", completa. Para Mussolini, o novo ano não reserva grandes mudanças. "Nós dependemos de uma economia saudável. Se tivermos novos entrantes no mercado consumidor e se o PIB registrar índices superiores a 5%, para o próximo ano o setor poderá registrar um crescimento acima de 12%", reforça Mussolini. Entre os segmentos, os genéricos apresentaram o maior crescimento do setor nos últimos quatro anos. As vendas tiveram crescimento de 32% em volume no terceiro trimestre de 2010 em relação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, contabilizando janeiro a setembro, apresentaram crescimento de 33,4% em relação a 2009. Foram comercializadas 318,5 milhões de unidades contra 238,8 milhões no ano passado. No acumulado do ano, as vendas do segmento já somaram R$ 4,4 bilhões contra R$ 3,2 bilhões registrados em igual período do ano anterior, configurando crescimento de 37,3%. A queda de patentes de blockbusters, como o Viagra e Lipitor, colaborou para esse resultado. Segundo dados da Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), a participação dos genéricos nas vendas do canal corresponde a 14,37% e apresentou um crescimento de 21,28% no último ano. Nesse mesmo período, a venda de não medicamentos cresceu 20,34%, registrando uma participação de 27,78%. Odnir Finotti, presidente da Pró Genéricos, afirma que no mercado de disfunção erétil o genérico já representa 50% das vendas. O próximo a conquistar o mercado é a atorvastatina (Lipitor como referência, da Pfizer), que teve a patente expirada em setembro e deve, no mínimo, dobrar a participação de genéricos no próximo ano. O desempenho dos genéricos afetou a participação do segmento nas vendas totais da indústria farmacêutica brasileira. O share dos genéricos em unidades encerrou o trimestre em 22% contra 19,6% no mesmo período de 2009. De acordo com a Pró Genéricos, as empresas do segmento devem encerrar o ano com 24% de participação no mercado farmacêutico brasileiro.

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