quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Gestão e mercado!

Nos últimos três anos o varejo farmacêutico vem passando por um alto grau de competitividade e uma vasta organização tributária e fiscal por parte dos órgãos competentes.

Com certeza, são fatores importantes e decisivos para a melhora ou piora de nosso negócio, mas será que são esses os fatores principais que levam uma farmácia a ter resultados negativos a cada mês que se passa? É fato que o varejo farmacêutico está cada dia mais competitivo, porém, ao atentarmos somente para o que acontece no mercado, acabamos por esquecer algumas ações fundamentais dentro da nossa própria farmácia que nos proporcionariam maiores "poderes" para estar cada vez mais fortes e enfrentarmos a concorrência de forma ética e competitiva. É fato que o aumento gradativo e mensal de seu faturamento é o objetivo de todo proprietário de farmácia. Mas será que somente esse seria o fator preponderante para se manter no mercado? Obviamente e, por mais que pareça estranho para alguns, a resposta é não. Infelizmente, a culpa pelos resultados ruins ainda está sendo vinculada somente ao mercado e não à má gestão administrativa e à falta de conhecimento de nossa própria empresa. Percebemos que tem sido muito mais fácil dizer que "a concorrência está desleal", ou "não encontro um parceiro que atenda às minhas necessidades", ou "não tenho poder de negociação", ou ainda "o poder de compra do meu concorrente é melhor que o meu", entre outras desculpas que com certeza todos nós já ouvimos. Se você perguntar para qualquer proprietário de farmácia se seu desconto comercial está adequado às suas necessidades, ele vai dizer que não. Mas se futuramente seu desconto aumentar 10%, 15% ou 20%, ainda assim vamos escutar que o mercado continua desleal. Sabe por quê? É fácil, seu lucro continuará não atendendo as suas reais necessidades. Isso porque não há uma gestão correta, não há um planejamento para saber se pelo menos o que estou vendendo traz um retorno que cubra meus custos e gera uma reserva para investimentos. É preciso urgentemente deixar de lado a vaidade e a cultura antiga de achar que tudo vai melhorar, e se isso não acontecer, a culpa não terá sido minha e sim do mercado. Muitos dos varejistas farmacêuticos acham que a pouca cultura administrativa que se colocava em prática cinco anos atrás (época farta de sonegação) se encaixa nos dias atuais. Estão completamente enganados. Atualmente é fundamental uma gestão de compra correta, um controle efetivo de seus estoques e de seus custos, trabalhar com metas, enfim, planejar e entender melhor o que significa gerenciar uma empresa e liderar melhor as pessoas que nelas estão. Felizmente muitos já atentaram para essa necessidade e estão se reciclando (chamo-os de profissionais atentos), enquanto outros sempre acham que as coisas irão melhorar mais cedo ou mais tarde (acomodados ou otimistas), existindo também aqueles que acham que não tem mais jeito (os pessimistas). Sei também que quando se trata de mudanças, principalmente de cultura, é complicado e muitas das vezes questão imutável. Porém, se atentarmos a algumas ações que possibilitem nosso crescimento profissional e deixarmos de lado a vaidade e a acomodação e formos mais comprometidos em entender nossa própria farmácia, deixaremos de ser proprietários e passaremos a ser empresários, comportamento necessário para nos mantermos no mercado nos dias atuais. Lembre-se: seguir sempre do mesmo jeito acarretará, no máximo, chegarmos ao mesmo resultado, sem mudança alguma. Bons negócios.

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